Dinamarca

Danmark


Localização da Dinamarca (em vermelho)
No continente europeu (em cinza)
Na União Europeia (em branco)

                                  A Dinamarca, oficialmente Reino da Dinamarca, é um país escandinavo da Europa setentrional e membro sênior do Reino da Dinamarca. É o mais meridional dos países nórdicos, a sudoeste da Suécia e ao sul da Noruega, delimitado no sul pela Alemanha. O país é composto por uma grande península, a Jutlândia, e muitas ilhas, sobretudo Zelândia (Sjælland), Funen (Fyn), Vendsyssel-Thy, Lolland, Falster e Bornholm, assim como centenas de ilhas menores, muitas vezes referidas como o Arquipélago Dinamarquês.
                              A Dinamarca é uma monarquia constitucional com um sistema parlamentar de governo. O país é membro da União Europeia desde 1973, embora não tenha aderido ao euro, e um dos membros fundadores da Organização do Tratado do Atlântico Norte e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico.

                          A Dinamarca, com uma economia mista capitalista e um estado de bem-estar social, possui o mais alto nível de igualdade de riqueza do mundo, sendo considerado em 2011, o país com menor índice de desigualdade social do mundo. A Dinamarca tem o melhor clima de negócios no mundo, segundo a revista estadunidense Forbes. De 2006 a 2008, pesquisas classificaram a Dinamarca como "o lugar mais feliz do mundo", com base em seu princípio de saúde, bem-estar, assistência social e educação universal; O Índice Global da Paz de 2009 classificou a Dinamarca como o segundo país mais pacífico do mundo, depois da Nova Zelândia. A Dinamarca também foi classificada como o país menos corrupto do mundo em 2008, pelo Índice de Percepção de Corrupção, compartilhando o primeiro lugar com a Suécia e a Nova Zelândia.

Bandeira da Dinamarca


                          A língua nacional, o dinamarquês, é próxima do sueco e do norueguês. A Dinamarca compartilha fortes laços históricos e culturais com a Suécia e com a Noruega. A maior parte dos dinamarqueses são membros da Igreja Estatal Luterana. Cerca de 9% da população tem nacionalidade estrangeira, sendo que uma grande parte deles são provenientes de outros países escandinavos.



História

                 


                              A origem de Dinamarca está perdida na pré-história. Sua fortaleza mais velha é datada do século VII, ao mesmo tempo que o novo alfabeto rúnico. A Dinamarca foi unida por Haroldo Dente-Azul por volta de 980. Após o século XI, os dinamarqueses ficaram conhecidos como Vikings, colonizando, invadindo e negociando em toda a Europa.
Representação dos vikings  

                         Em vários momentos da história, a Dinamarca controlou a Inglaterra, Noruega, Suécia, Islândia, parte das Ilhas Virgens, partes da costa Báltica e o que é agora o norte da Alemanha. Scania era parte da Dinamarca na maior parte de sua história mas foi perdida para a Suécia em 1658. A união com a Noruega foi dissolvida em 1814, quando Noruega entrou em uma nova união com a Suécia (até 1905). O movimento liberal e nacional dinamarquês teve seu momento culminante em 1830, e após as revoluções europeias de 1848, a Dinamarca tornou-se uma monarquia constitucional em 1849. Depois da segunda guerra de Schleswig em 1864, a Dinamarca foi forçada a ceder Schleswig-Holstein à Prússia em uma derrota que deixou marcas profundas na identidade nacional dinamarquesa. Após este ponto, a Dinamarca adoptou uma política de neutralidade, permanecendo neutra na Primeira Guerra Mundial. Em 9 de abril de 1940, a Dinamarca foi invadida pela Alemanha Nazista (operação Weserübung) e permaneceu ocupada durante toda a Segunda Guerra Mundial, apesar de alguma pequena resistência interna. O país tentou ser o mais neutro possível e não ceder o seu poder interno ao controle nazista, tentando inclusive persuadir dinamarqueses a não se afiliarem ao exército alemão, que ao fim da guerra, começou a intensificar este. Ao fim de 1944, poucos dinamarqueses apoiavam o regime de Hitler - ainda menos do que em 1940, justificando assim o aumento da resistência interna com atentados a soldados nazistas.

Subdivisões da Dinamarca depois de 2007

                        Tornou-se membro da OTAN e, em 1973, da Comunidade Económica Europeia (hoje União Europeia).

Geografia



                        A Dinamarca compartilha uma fronteira de 68 km com a Alemanha no sul e é cercada por 7 314km de mar (incluindo pequenas baías e enseadas). Possui área total de 43 094km². Desde 2000, a Dinamarca está ligada à Suécia através da Ponte do Øresund. A Dinamarca consiste na península da Jutlândia (Jylland) e de 443 ilhas com nome, das quais 76 são habitadas, e entre as quais as mais importantes são Fiónia e a Zelândia (Sjælland). A ilha de Bornholm localiza-se um pouco para leste do resto do país, no mar Báltico. Muitas das ilhas estão ligadas por pontes.

                        O país é, em geral, plano e com poucas elevações, os pontos mais elevados são o Møllehøj, o Ejer Baunehøj e oYding Skovhøj, todos com altitude apenas uns centímetros acima dos 170 m. O clima é temperado, com invernos suaves e verões frescos. As cidades principais são a capital, Copenhague (na Zelândia), Aarhus (na Jutlândia) eOdense (em Fyn).

Imagem de satélite da Dinamarca (NASA)
                        A Dinamarca encontra-se na zona de clima temperado. O inverno não é muito frio, com temperaturas médias em janeiro e fevereiro de 0 °C, e o verão é fresco, com uma temperatura média em agosto de 15,7 °C.  Devido à sua localização geográfica, a duração dos dias varia muito na Dinamarca.

                        A Dinamarca divide-se em cinco regiões (regioner, singular region, em dinamarquês) nas quais se distribuem 98 municípios

                        A Groenlândia e as ilhas Faroé integram o Reino da Dinamarca, mas gozam de autonomia e uma grande medida de auto-governo; ambas possuem dois membros, cada, no parlamento dinamarquês.





Gráfico da evolução demográfica da Dinamarca (1961-2003)
Demografia

                        De acordo com censos de 2009, 90,5% da população da Dinamarca era descendente da etnia dinamarquesa. O restante eram imigrantes — ou descendentes de imigrantes — vindos da Bósnia e Herzegovina, países vizinhos e Ásia. A população da Dinamarca é de 5 475 791 pessoas, com uma densidade demográfica de 129,16 habitantes por km². Grande parte da população encontra-se no litoral, principalmente em áreas próximas a capital Copenhague.

                        O dinamarquês é falado em todo o país, embora um pequeno grupo perto da fronteira alemã também fale alemão.


A Dinamarca e suas dependências
                        De acordo com estatísticas oficiais de 2012, 79% da população dinamarquesa são membros da Igreja da Dinamarca, uma igreja luterana que, segundo a Constituição, é a religião oficial do país. O restante professa predominantemente outras confissões cristãs, e há ainda cerca de 3% de .muçulmanos.

                        Durante muitos anos apenas o Luteranismo era permitido na Dinamarca, mas em 1682, o Estado reconheceu três outras religiões: a Igreja Católica, a Igreja Reformada e o Judaísmo. Apenas nos últimos séculos é que se nota a entrada de muçulmanos no país.


Ciclismo em Copenhague



                       Segundo dados de 2005, 31% dos dinamarqueses acreditam na existência de um Deus, enquanto 49% disseram acreditar na existência de algum espírito reinante e 19% declararam não acreditar em nenhum Deus ou espírito. Uma outra pesquisa de 2005 aponta a Dinamarca como o terceiro país com mais ateus e agnósticos no mundo.



                        Sociedades religiosas e igrejas não precisam do reconhecimento do Estado para serem praticadas e pode ser concedido o direito de realizar casamentos e outras cerimônias sem este reconhecimento.



Política

O Palácio de Christiansborg é o única construção

 do mundo que abriga simultaneamente os

                        Em 1849, o Reino da Dinamarca passou a ser uma monarquia constitucional com a adaptação de uma nova constituição. O monarca é formalmente o chefe de estado, mas esse papel é em grande medida cerimonial. O poder executivo é exercido pelos ministros, sendo o primeiro-ministro um primeiro entre iguais (primus inter pares). O poder legislativo está investido no parlamento, conhecido como Folketing, que consiste de (não mais de) 179 membros. Os tribunais da Dinamarca são funcional e administrativamente independentes dos poderes executivo e legislativo. 
Rainha Margarida


                        A atual monarca da Dinamarca é a Rainha Margarida II. Seu filho, o Príncipe Frederico é o herdeiro do trono.

                        As eleições para o parlamento têm geralmente lugar a cada quatro anos, mas o primeiro-ministro pode convocar eleições antecipadas.







Economia




Vista da cidade de Copenhaga.

                        Segundo dados de 2011, a Dinamarca figura como a 31ª maior economia do mundo se considerarmos seu Produto Interno Bruto (PIB) nominal (estimado nesse mesmo ano em, enquanto seu PIB medido de acordo com sua Paridade de Poder de Compra foi considerado o 52º maior do mundo em 2011 (calculado nesse período em US$208,8 bilhões/mil milhões).

                        A economia da Dinamarca é dependente dos intercâmbios comerciais com os outros países e da capacidade de influência nas conjunturas internacionais e nos fatores econômicos. O valor das exportações e importações compõe cerca de um 1/3 do PIB do país. Grande parte dos intercâmbios comerciais são feitos com demais países da União Europeia. O sócio de comércio bilateral mais importante é a Alemanha, tendo uma boa interação econômica com a Suécia e a Grã-Bretanha. Fora da UE, a Dinamarca mantém relações comerciais com a Noruega, os Estados Unidos e o Japão.
Parque eólico Middelgrunden em Copenhague

                        Desde a Segunda Guerra Mundial, as exportações dinamarquesas têm-se expandido. A venda de produtos industriais ultrapassou a exportação agrária, ocupando um lugar cada vez mais importantes dentro da pauta de exportações da Dinamarca.  O forte crescimento econômico da Dinamarca entre as décadas de 1960 e 1980 não refletiu num bom desempenho nos anos 90, o que influenciou numa ligeira queda na exportação na área de serviços.

                        Na pauta de importações, os principais produtos comprados são matérias-primas e produtos semi-fabricados, incluindo a energia. A compra de maquinaria e equipamentos de produção para indústria e comércio representa 67% do valor total de importações. Os outros 33% de importações são de produtos de consumo, especificamente automóveis.

                        A Dinamarca é, em termos relativos, um dos países mais proeminentes na fabricação e utilização de turbinas eólicas, com o compromisso assumido em 1970, para conseguir ter metade da produção energética do país ao vento. Atualmente, 27% de toda a eletricidade produzida para consumo provém unicamente da energia eólica, uma percentagem maior do que em qualquer outro país.


                        Em dezembro de 2009 realizou a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2009 (COP15), em Copenhaga.



Cultura


                        Na literatura o dinamarquês mais conhecido é provavelmente Hans Christian Andersen, um escritor famoso principalmente devido aos seus contos de fadas, como As Roupas Novas do Imperador e O Patinho Feio.

                        O esporte mais popular na Dinamarca é o futebol. Vela e outros desportos aquáticos são populares, assim como golfe e desportos indoor, como badmínton, handebol, e várias formas de ginástica.
Caroline Wozniacki
                       Outros desportistas notáveis da Dinamarca são: o artilheiro de futebol americano da National Football League Morten Andersen, os ciclistas Bjarne Riis, Rolf Sørensen, e Michael Rasmussen, os jogadores de badminton Peter Gade e Camilla Martin, o mesa-tenista Michael Maze, os jogadores de futebol Michael Laudrup, Brian Laudrup e Peter Schmeichel. A tenista Caroline Wozniacki a atual número 1 do ranking da WTA. A Dinamarca é também a casa e o local de nascimento do ex-campeão mundial da WBA e WBC, Mikkel Kessler, e da golfista Thomas Bjorn, que ganhou vários eventos internacionais.

                        Em 1992, a Seleção Dinamarquesa de futebol venceu o Campeonato Europeu. Em Copas do Mundo, a melhor colocação da Dinamarca foram as quartas-de-final de 1998.

                        O baterista da banda Metallica, Lars Ulrich é dinamarquês e filho do tenista e também dinamarquês Torben Ulrich.

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